Por Revista EXAME
As altas taxas de juro cobradas no Brasil recuperaram o posto de grandes vilãs da economia do país desde que a crise financeira mundial foi deflagrada, em setembro do ano passado. Velhos críticos reapareceram e novos surgiram, todos cobrando redução da taxa. Henrique Meirelles, presidente do BC, por sua vez, culpou os bancos por não reduzir o spread, a diferença entre o custo de captação do dinheiro e o que é cobrado de quem quer financiamentos. Pois eis que surge, na opinião de Meirelles, uma proposta capaz de ajudar a derrubar as taxas. Numa reunião em Brasília, o presidente da CUT, Artur Henrique da Silva Santos, ouviu as explicações de Meirelles sobre a definição da Selic, escutou os presidentes do Banco do Brasil, Antônio Francisco de Lima Neto, e da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, e lançou um desafio: levar 400 000 trabalhadores, dos 7 milhões de filiados à CUT, para os bancos estatais em troca de tarifa zero por dois anos e juros reduzidos para empréstimo pessoal. Os presidentes dos dois bancões estatais aceitaram e devem se reunir com Silva Santos após o Carnaval para discutir a proposta. Meirelles elogiou e disse que a iniciativa também pode obrigar outros bancos a reduzir suas taxas.
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